Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Recentemente vi... Dom 03 Fev 2008, 21:20
Quando quiserem comentar um filme que não tenha tópico próprio e não valha a pena abrir, comentem aqui.
O que me levou a abri-lo agora não foi querer comentar algo, antes requerer um comentário:
pedrotari7 escreveu:
Tropa de Elite (José Padilha) [7]
Vale mesmo a pena ou "vai dar merda"?
Btw, lol:
pedrotari7 Administrador
Número de Mensagens : 415 Idade : 34 Localização : Perto de casa Data de inscrição : 31/07/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Dom 03 Fev 2008, 21:44
ya eu achei bom é do género do cidade de deus mas pelo ponto de vista dos policias. Está um filme realista e que cria um grande impacto a quem o vê...mas isto é apenas a minha opinião.
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Dom 03 Fev 2008, 21:58
As críticas mais negativas que tinha lido diziam que retratava as forças policiais como detentoras de toda a razão, o pessoal das favelas era tudo traficantes e gente do pior, de uma forma que escapava um pouco à realidade; mas foram poucos também, a maior parte das pessoas gostou. Vou ver.
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Ter 05 Fev 2008, 01:53
LOLZILLA
Há mais uns aqui (só tem piada para quem tiver visto o filme, etc).
pedrotari7 Administrador
Número de Mensagens : 415 Idade : 34 Localização : Perto de casa Data de inscrição : 31/07/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Ter 05 Fev 2008, 18:59
já visteo filme?
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Qua 06 Fev 2008, 18:32
pedrotari7 escreveu:
já visteo filme?
Yap. Bom, não desgostei. Não estou muito por dentro do que se passa lá então não estou em boa posição para emitir juízos, mas o filme tem a vantagem de se limitar a retratar o trabalho daquela força policial e não ficar a arranjar justificações para o que eles fazem (aí era diferente), é uma coisa mais documental. E a forma como mostra a sociedade hipócrita que financia os traficantes foi bem conseguida. Enfim, é razoável.
Mas o que vale mais a pena são os derivados cómicos. "Pede para sair!" :rolfmao:
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Qui 21 Fev 2008, 03:07
Vi o Elizabeth: A Idade do Ouro e não ficou muito acima das baixas expectativas criadas pela crítica europeia, que devastou o filme. Na realidade a crítica inglesa não desgostou, mas para efeitos práticos, neste aspecto, não os vou considerar parte do continente europeu; eles gostam mais assim, eu fico feliz porque este parágrafo se torna mais correcto, é um win-win.
A qualidade do figurino e a Cate Blanchett são por si só suficientes para colocar o filme um pouco acima da linha do "verdadeiramente mau". E bem aproveitado este seria um bom filme, mas tem tantas falhas, principalmente no argumento, que não consegue ficar muito longe da ruindade, para muita pena minha já que gosto do género.
A maior parte dos críticos deu imediatamente nota mínima ao filme sob o pretexto de que "não é historicamente correcto". Ora, eu não penso dessa forma. Um filme pode ser bom mesmo fugindo à versão exacta dos acontecimentos que aborda, desde que aquilo que se espera de um bom filme (personagens bem desenvolvidas, argumento corente, lógico e com significado, bons actores, boa realização, etc) esteja presente. Mas é verdade que em muitos casos aquilo que inventam acaba por não ter tanto interesse quanto as ocorrências verdadeiras - aliás, vê-se isso em A Era do Ouro -, e talvez seja um pouco daí que surge esse preconceito contra incorrecções históricas, ainda assim exagerado.
No entanto, embora ache aceitável desvios em relação ao que realmente aconteceu, não deixa de haver limites, e este Elizabeth quebra vários. Principalmente no que diz respeito a Espanha: as cenas com Filipe II são absolutamente ridículas; aparenta um vilão dos Power Rangers com fato à Shakespear. O que me parece é que estavam com preguiça para explorar essa personagem de forma mais complexa e decidiram reduzi-lo ao estereótipo mais elementar possível - no caso o do fanático religioso medieval - e assim uma parte que poderia ter sido muito interessante, visto que consta que Filipe II era um tipo bastante complexo e podia facilmente ter um papel mais "adulto", é completamente ignorada. Volto a dizer, aquelas cenas foram ridículas - não ficaria minimamente impressionado se a qualquer momento o rei pulasse em frente da Elizabeth e gritasse "Nobody expects the spanish inquisition! Muahahaha!". Combinava bem. [1]
A batalha naval perto do fim também foi fraca.
Spoiler:
Provavelmente tiveram um orçamento muito modesto, mas mesmo assim acho que podiam ter caprichado mais.
Também notei nesse filme uma espécie de "factor Mel Gibson". Tal como os filmes recentes de Gibson, parece ter um subcontexto religioso implícito; à semelhança de Apocalypto, em que o fanatic Mel introduz a sua visão da queda dos indígenas americanos, com os povos maias sendo castigados pela providência divina devido à sua depravação e imoralidade, aqui os líderes do exército espanhol são castigados pela sede de poder e as práticas da Inquisição. É um terreno perigoso e que não deviam ter pisado, sob o risco de o filme perder a seriedade e quase parecer fuleiro. (Quer dizer, se alguma entidade superior realmente controlasse essas coisas da forma sugerida, o Império Espanhol teria sequer atingido tamanhas proporções? Imagino tenha tirado cara ou coroa quando teve de optar entre eles e os maias.)
E volto a dizer, é pena, porque gostei da forma como abordaram os dilemas pessoais e morais da rainha de Inglaterra. A Cate Blanchett esteve muito bem (não foi nomeada para um Oscar à toa), conseguiu transmitir muito bem a personalidade da monarca e o roteiro não pareceu boiar tanto nas cenas exclusivamente dela. Mesmo aquele momento forçada em que ela usa armadura não me pareceu mau.
Enfim, vale um 38 [2], mais 5 pontos por não se terem esquecido de colocar a bandeira Portuguesa da época em diversas cenas, principalmente nos barcos da Armada Invencível (embora outras referências do género pudessem ter sido inseridas, como o facto da armada ter partido de Lisboa ou Filipe falar português como língua materna, mas eu não sou preciosista nem ingénuo ao ponto de exigir tanto).
[1] Nos foruns que mais frequento estou habituado a que o pessoal esteja familiarizado com as referências da cultura pop contemporânea. Para quem não entendeu e achou o meu comentário tolo e desconexo, vide aqui e aqui. Resolve-se a parte do desconexo. [2] 38/100.
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Sáb 01 Mar 2008, 00:41
Sobre o Déjà Vu: achei razoável, o conceito até é interessante embora seja tratado de forma muito simplista para não desagradar ao "público em geral". Isso acaba por limitar o filme e impede que vá além dos padrões do típico popcorn-seller. Neste caso um popcorn-seller do Bruckheimer, onde nunca faltam personagens mal desenvolvidas e clichés à farta. Déjà Vu consegue escapar um pouco a isso, tendo alguns momentos mais originais, mas está sempre preso às correntes do bruckheimerismo.
Sem a obsessão em manter uma trama com poucos detalhes para não confundir o espectador comum, o que, como se pode prever, implica muito descuido científico, até podia ser um óptimo filme - o argumento tinha material para isso. Mas o célebre cliché não perdoa. Compare-se, por exemplo, com o Twelve Monkeys do Terry Gilliam (e eu conto aí a história dos dois, atenção):
Spoiler:
Bruce Willis volta ao passado mas não consegue mudar o futuro, e todas as suas acções impreterivelmente levam ao mesmo desfecho. Teoria a reter: o futuro é imutável. Discutível, mas é o ponto de vista que o filme aborda. No Déjà Vu, Denzel Washington volta ao passado e consegue impedir o terrorista, salvar centenas de pessoas e ainda ficar com a rapariga. Lição: BUIA! Bora ver o ARMAGEDÃO agora?!?! Também é do senhor Bruck! E tem o Bruce Willis a fazer de Denzel Washington em Déjà Vu.
Ainda assim, como disse, consegue ser o mais bem conseguido dos filmes que ele tem produzido recentemente. A melhor cena foi
Spoiler:
a perseguição intercronológica. Super cool, etc. Embora o Denzel se tenha arriscado a matar umas boas dezenas de pessoas naquela corrida.
Ah, e Bean > Babel.
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Qui 13 Mar 2008, 02:10
We Own the Night para os tradutores portugueses: NÓS CONTROLAMOS A NOITE.
Eles precisam de fazer algum tipo de curso em que lhes ensinem quando devem fazer tradução directa e quando devem inventar um pouco.
Estou com preguiça para escrever sobre o filme, mas enfim, gostei. Perseguição dos pára-brisas = uma das melhores cenas do ano. O pior são os vários momentos sentimentalistas que não funcionam. Mas como disse, estou com preguiça. Fui.
pedrotari7 Administrador
Número de Mensagens : 415 Idade : 34 Localização : Perto de casa Data de inscrição : 31/07/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Sex 14 Mar 2008, 22:42
tive a ver o Next e achei fixe tem algumas cenas fixes e algumas alturas ficamos mesmo agarrados ao filme....mas detestei o final...fiquei à espera de mais...parecia q o meu dvd tinha avançado no tempo lol. mas n é um mau filme
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Ter 25 Mar 2008, 05:30
https://www.youtube.com/watch?v=oqygrY7EZBc
OMG, essa é a melhor cena de acção dos últimos anos, de longe.
A Estação de Waterloo no Ultimato vem em segundo. Paul Ervaverda ruleia.
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Dom 30 Mar 2008, 06:23
A Vida de Brian (Terry Jones, 1979) - 9/10 Uma das melhores comédias já feitas. Ainda acho O Cálice Sagrado mais engraçado, embora reconheça que o contexto deste é mais interessante e bem explorado.
A Ponte no Rio Kwai (David Lean, 1957) - 9/10 Óptimo.
Capote (Bennett Miller, 2005) - 6/10 A determinado ponto desleixa-se um pouco na trama e centra-se demais na actuação oscarizada do PSH, mas ainda assim é melhor do que muita gente diz.
Touro Enraivecido (Martin Scorsese, 1980) - 8/10 Foi o filme que mais gostei do Scorsese depois de The Departed (a verdade é que me faltam ver uns quantos também...). É bastante inspirado e não sofre tanto daquele estilo excessivamente documental (imo) do realizador, a que torço um pouco o nariz.
O Bom, o Mau e o Vilão (Sergio Leone, 1966) - 9/10 Provavelmente a coisa mais cool feita nos anos 60. Se gostar tanto quando o vir pela segunda vez subo para 10/10. Nota: Ennio Morricone era um génio.
O Sétimo Selo (Ingrid Bergman, 1957) - 8/10 Não aprecio muito o estilo sombrio e necrofóbico do Bergman, mas é um filme interessante. Preciso de ver mais coisas dele.
Yojimbo (Akira Kurosawa, 1961) - 8/10 Excelente. "Preciso de ver mais coisas dele (Kurosawa)."
Podia desenvolver mais sobre cada um mas estou com sono. Enfim, estas férias têm sido proveitosas.
Só não consigo acreditar que andei por aí ano e meio a dizer que sou um cinéfilo e só me dei ao trabalho de ver alguns desses filmes aos 17 anos. Sou um imbecil pretensioso. Usem isto contra mim no futuro à vontade.
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Dom 06 Abr 2008, 18:20
O Caçador (Michael Cimino, 1979) - 8/10 Excelente.
Kill Bill & Kill Bill: Vol. 2 (Quentin Tarantino, 2003 & 2004) - 7/10 O Tarantino é meio maluco, mas de uma forma genial. Só não sei o que pensar de todas aquelas referências a clássicos - cópia ou homenagem? Em caso de dúvida e até rever vou pelo instinto, e a apreciação é positiva. Nota: A meu ver não faz grande sentido colocar em separado os dois filmes (na realidade um só; sem um das partes a outra não funciona).
Cercados (Ridley Scott, 2001) - 4/10 Em termos de conteúdo é pífio, mas a direcção do Ridley Scott eleva-o a um outro plano. É um óptimo realizador, pena que faça tantos filmes com argumentos mal desenvolvidos e pouco interessantes.
O Homem Duplo (Richard Linklater, 2006) - 6/10 Não li o livro do Philip K. Dick no qual se basearam para fazer este filme, mas pareceu-me que foi bem adaptado. O rotoscoping, mais que um simples capricho técnico, contribui para construir o ambiente do filme. Só lhe falta um pouco de qualquer-coisa-que-não-consigo-explicar-bem-o-que-é.
The Darjeeling Limited (Wes Anderson, 2007) - 6/10 Gostei.
Fargo (Joel Coen, 1996) - 7/10 Os Coen Brothers rulam.
O Leopardo (Luchino Visconti, 1963) - 6/10 O filme é bom, mas caramba, tem momentos excessivamente arrastados - sem eufemismos, chatos. Dava para ter cortado em várias partes. Bom, a verdade é que eu assisti ao filme com sono, é provável que isso tenha atrapalhado. Terei de o rever noutra ocasião para julgar melhor, mas por agora esta foi a impressão com que fiquei. Claro, não deixa de estar extremamente bem feito, e eu adoro quando têm uma atenção perfeccionista a todos os detalhes no cenário e adereços.
Fahrenheit 451 (François Truffaut, 1966) - 6/10 Tem bons momentos e consegue expor o essencial do material original, mas podia tê-lo aproveitado melhor. E não gostei do casting, espero que arranjem melhor para o filme de 2009.
Mad Max (George Mille, 1979) - 4/10 Pouco impressionante. Talvez na época tenha sido relevante de alguma forma, não sei. Pelo que vi, acho o hype que rodeia o filme desmedido.
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Sáb 12 Abr 2008, 23:57
O Brother, Where Art Thou? (Joel Coen, 2000) - 8/10 Já disse que os Coen rulam?
Blood Simple. (Joel Coen, 1984) - 8/10 De certeza?
O Grande Lebowski (Joel Coen, 1998) - 7/10 Que são uma das duplas mais criativas do cinema na actualidade, mesmo?
Obrigado por Fumar (Jason Reitman, 2006) - 6/10 Não é nada por aí além, mas aborda alguns temas de forma interessante. Já agora, bem melhor que Juno ou Vamos-usar-um-tema-polémico-para-fazer-um-filme-em-que-todos-falem-como -adolescentes-americanos-super-in-e-ex-strippers-e-em-que-as-pessoas-,-à-espera-de-algo -deprimente-e-moralista-,-acabem-por-ficar-tão-aliviadas-por-constatar-que-é-uma-coisinha -tola-e-cuticuti-que-adoram-,-ou-façam-parte-da-generation-Y-e-achem-estes-indies -"whogivesadamnaboutargument"-o-máximo-já-que-os-faz-lembrar-todos-aqueles-programas -acerebrais-que-consomem-diariamente-na-TV.
Duel (Steven Spielberg, 1971) - 5/10 Já nesta altura o Spielberg mostrava que era um génio da realização. Só é pena que os meios de produção não sejam os melhores, que as personagens não sejam exploradas convenientemente, e que perca muito ritmo no final.
Pulp Fiction (Quentin Tarantino, 1994) - 8/10 Arredondei por baixo, é coisa para 9. Mas quero vê-lo mais vezes antes de me precipitar.
Insónia (Christopher Nolan, 2002) - 6/10 Os efeitos da enfermidade em epígrafe foram mostrados de forma original, embora a história acabe por cair na banalidade, principalmente no desfecho.
O Sentido da Vida (Terry Gilliam e Terry Jones, 1983) - 9/10
Isso foi uma das coisas mais bizarras que já vi.
A Aventura do Poseidon (Ronald Neame, 1972) - 4/10 Efeitos visuais que hoje em dia não impressionam e já não salvam uma história onde pululam clichés.
Última edição por Bernardo em Ter 15 Abr 2008, 22:17, editado 1 vez(es)
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Assunto: Re: Recentemente vi... Dom 13 Abr 2008, 00:25
No Vale de Elah (Paul Haggis, 2007) - 7/10 A superioridade em relação a Crash (filme realizado por Haggis e selvaticamente sobrevalorizado) nem se discute. Principalmente a nível de elenco, com destaque óbvio para o Tommy Lee-Jones, brilhante, com uma merecidíssima nomeação para um Óscar de actor principal pelo papel - mas sem esquecer Susan Sarandon e Charlize Theron, que também podiam (e deviam) ter sido indicadas. O argumento é o outro ponto forte do filme. Haggis revela-se um argumentista exímio e certamente um dos destaques da actualidade nessa área; poucas vezes se vê uma história tão bem trabalhada e cadenciada num roteiro original, conseguindo exprimir o seu significado sem recorrer a clichés ou ser lamechas (o que foi uma agradável surpresa, tendo em conta Crash). Outro aspecto que devia ter sido lembrado nos prémios da Academia.
Enfim, In the Valley of Elah foi talvez o filme mais overlooked (não consigo pensar numa tradução adequada para esse termo) do ano passado. Não compreendo, o filme até faz o estilo da crítica americana (estilo recente ao menos), com a sua mensagem anti-guerra e tudo o mais. Suponho que não tenha sido bem publicitado...
Bernardo Administrador
Número de Mensagens : 700 Idade : 33 Data de inscrição : 20/09/2007
Alguns comentários rápidos antes de ir para a cama que amanhã às oito tenho de estar na faculdade e bem vistas as coisas isso é daqui a seis horas e meia, oh crap:
Quantum of Solace - 5/10 Abrindo espaço às comparações costumeiras, achei-o inferior ao Casino Royale. O Marc Foster, o tal realizador de melodramas melosos, até nem esteve mal. O que comprometeu mais (ao menos para mim) foi o trabalho de edição: na tentativa de conseguir algo ao estilo de Ultimato acabaram por exagerar com uma reviravolta de cortes exagerados e, por vezes, mal cadenciados. A cena inicial Bond deixou-me com dor de cabeça. Os produtores têm de entender que uma coisa é "modernizar" a série, dando uma velocidade diferente à acção, como se fez tão bem no antecessor, outra é fazer uma cópia barata das séries e filmes que, dentro deste género, estão a ter sucesso. Bond não é Bauer nem Bourne. Estas séries têm estilos diferentes - têm de ter estilos diferentes. Porque se os novos 007 nada mais forem que um derivado mais fraco das referidas sequências de espionagem, de que vale existirem? (Fora os lucros que a companhia obtém, bem entendido.)
Mas pronto, faça-se justiça, não é mau de todo. Tinha algumas cenas bem elaboradas, um argumento relativamente interessante, a Olga Kurylenko, não esticaram demais os eventos, o Bond manda altas pausas, enfim, há que se aproveite, só não em que eu vá gastar dinheiro de novo.
Nota: Da próxima vez, por favor, coloquem algo a indicar que o filme de facto começou. Não sabia durante os primeiros trinta segundos se estava a assistir à película ou a um anúncio da Audi. Os carros não explodem nos anúncios (normalmente são bem resistentes, até aguentam com meteoritos em cima se necessário), isso esclareceu-me, mas atrapalha um pouco ter de estar a fazer trabalhos de dedução quando me quero concentrar no que estou a ver, principalmente se tiverem como objectivo último concluir se vale a pena concentrar-me no que estou a ver.
Tropic Thunder - 6/10
In Bruges - 6(,5)/10
Acho que estou a ficar com algum sono, tenho de aproveitar a oportunidade ou hoje/amanhã/hoje/tempo-é-relativo faço directa, e eu já tenho o cérebro suficientemente danificado. As minhas soberbas e importantíssimas críticas, fartas em perspicácia e irreverente espontaneidade, ficam para depois.